O cientista meticuloso, os amigos que se encontram numa festa, o filho pródigo, o pugilista, o viajante distraído: personagens e situações em que se cruzam o cotidiano banal e a imaginação exacerbada, vizinha do alucinatório. A metáfora da “mutilação” traduz a vida que se perde em meio ao sem-sentido do cotidiano e ao mesmo tempo se ganha quando a arte da palavra, levada a requintes, reduz a realidade à sua ossatura descarnada. Histórias mutiladas (Prêmio Governo do Estado de Minas Gerais de Literatura 2008) é a auspiciosa estreia, como contista, de um poeta consagrado e um crítico literário de renomada competência.O Autor Nascido em São Paulo, SP, em 1942, Carlos Felipe Moisés estreou como poeta em 1960. Dois anos depois, ao mesmo tempo em que ingressa na Universidade de São Paulo, como aluno de Letras, já é colaborador regular do “Suplemento Literário” do jornal O Estado de São Paulo, e outros órgãos de imprensa, como crítico. Formado em Letras Clássicas e Vernáculas, tornou-se professor universitário, tendo ensinado teoria literária e literaturas de língua portuguesa na Faculdade de Filosofia de São José do Rio Preto .Passou várias temporadas no Exterior, em Portugal e na França, como bolsista da Fundação Gulbenkian, e nos EUA, como poeta residente em Iowa , e como professor visitante na Universidade da Califórnia, em Berkeley e na Universidade do Novo México.