Este livro enfoca o processo de constituição dos patronatos agrícolas enquanto instrumentos de assistência à infância e adolescência pobres durante a Primeira República, concorrendo para a conformação da força de trabalho segundo os princípios demandados pelas relações sociais de produção em consolidação na sociedade brasileira. Criados junto ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, integravam o conjunto de ações e representações que sustentavam a atuação governamental no meio rural. Ao inscrever entre seus objetivos a educação e a regeneração, pretendia-se intervir ante situações classificadas como problema: as condições sociais da produção agropecuária, definidas como atrasadas, e da infância e adolescência pobres urbanas.