Nesta análise da consciência histórica na Europa do século XIX, Hayden White propõe uma discussão do conhecimento histórico a partir das obras de alguns dos mestres da historiografia européia - como Tocqueville, Michelet, Ranke e Burckhardt - e também dos principais filósofos do mesmo período - como Hegel, Nietzsche, Marx e Croce - recorrendo, para tanto, ao auxílio de instrumentos conceituais da lingüística e da crítica literária. O autor considera o trabalho histórico como uma estrutura verbal, na forma de discurso narrativo em prosa, que pretende ser um modelo de sistemas e processos passados. À dificuldade do estabelecimento de "verdade" inerente aos acontecimentos corresponderia a única identidade possível da história: a materialidade de sua escrita, seu caráter meta-histórico.