"A imagem dos anos 1950 como sendo os anos dourados tem até hoje um forte apelo emocional e é constantemente reproduzida na memória coletiva, por meio da televisão, do cinema e da imprensa nacional e internacional. Nos trabalhos acadêmicos e de divulgação histórica sobre essa época, é comum a presença dessa expressão como algo naturalizado, como se demarcasse um momento histórico já explicado. Focalizando a imprensa diária e periódica mais inovadora dos anos 1950, representada pelo jornal Última Hora e pela revista O Cruzeiro, este livro desvela imagens do cotidiano carioca e de seus leitores que nem sequer foram alvo das ideologias do nacional-desenvolvimentismo e do populismo. Qual o significado histórico para o que aquela sociedade considerava como moderno? Qual a relação entre este ser moderno com o nascimento de um tipo específico de cultura visual na cidade do Rio de Janeiro dos anos 1950? [...]