Tudo se passa como se a máquina relacional fosse dependente (no sentido forte do termo) do princípio de atualização de direitos históricos substanciais de precedência e de privilégio, de cada ator, ou segmento social, sobre o outro. nenhuma declaração dos direitos do homem ou promulgação de uma carta magna veio tolher-lhe os desígnios, criando um espaço social crítico autorreferente, localizado no exterior da família, isto é, esta é uma sociedade relacional, na qual fora da família não há salvação. Estamos diante de uma sociedade, ou de um sistema social, que historicamente tem provado sua incapacidade em produzir uma estruturação das diferenças e, em corolário, uma totalização do social. Justamente porque tem vivido historicamente a separação congênita entre domínio (autoridade, direito) e posse (imanência, prática).