Luther Blisset trabalha há anos para colocar em crise cada preconceito e cada lugar-comum sobre a mídia, o ativismo, a identidade, os direitos autorais, o trabalho intelectual, a figura do autor, e para conquistar espaços culturais para uma nova crítica prática ao capitalismo, análoga àquela que encontrou um primeiro momento de síntese na batalha de Seattle de 30 de novembro de 1999. Exatamente desta sintonia com o espírito dos tempos deriva a “felicidade” do Luther Blissett Project, máquina de guerra psíquica cujo aperfeiçoamento o leitor pode acompanhar nos textos da antologia (fluorescente, elétrica, digressiva, rítmica e circular) que é aqui apresentada.