Das sociedades antigas, à era pós moderna, passamos pelos mais diversos períodos históricos. A sociedade espartana condenava à morte os maus constituídos, anormais, os diferentes, enfim, os deficientes. Discriminar, estereotipar e estigmatizar foram sempre as marcas perversas da sociedade, carregada de pré-conceitos contra aqueles que são diferentes aos padrões estabelecidos pela humanidade. Segregados em hospitais, sanatórios, asilos, clínicas de psiquiatria, lar cristão, igrejas... foram, por muito tempo, locais onde as pessoas com deficiência visual, física, auditiva, intelectual... depositadas como se fossem objetos que não tinham valor social. Dos anos de 1960 a 1990 do século XX, quando deflagrou pelo mundo a ideia de que o lugar das pessoas com deficiência é na escola comum, tivemos muitas conquistas. A educação especial em uma perspectiva inclusiva ladeada de profissionais compromissados com o processo de escolarização dos estudantes com deficiência, tem pela frente alguns desafios, a saber: lutar pelo fim dos processos de exclusão que martiriza os diferentes; construir uma escola adaptada as diferentes necessidades educativas especiais; investir na formação inicial e continuada dos docentes. É obvio que eliminar ou pelo menos reduzir esses desafios, superando-os nos processos inclusivos, talvez seja essas as maiores tarefas que os professores atuando na escola comum têm pela frente. Em pleno século XXI, vivemos a era da inclusão escolar. Gestores públicos, coordenadores pedagógicos e docentes, compromissados com a escolarização dos estudantes com deficiência, veem na inclusão a possibilidade de de a escola possa se tornar acessível, abrindo suas portas aos diferentes que buscam na educação sua emancipação e construção de identidade.