Quem já não folheou um exemplar da revista 0 CRUZEIRO? Durante 46 anos, desde 1928, ela saiu, fielmente. Exemplarmente. Na década de 60 chegou a 700 mil unidades de tiragem, com uma abrangência calculada em aproximadamente 4 milhões de pessoas. É bem possível que fosse a maior revista da América Latina. Fez fama, fortuna, glória de uns, ruína de outros - fundou um império, o seu. E como todo o império, veio um dia a decadência. E o fim. Entre a primeira data e a última, fatos que entraram para a história mais essencial da imprensa no Brasil. Agora esses fatos estão aqui relatados, sob a pena justa e serena de Accioly Netto, testemunha privilegiada dessa vida exemplar, a vida de O CRUZEIRO. O IMPÉRIO DE PAPEL mistura reportagem, ensaio e memorialística para compor um retrato consistente e convincente de uma revista que ajudou a desenhar a cara do país, e não só a cara, mas muita de sua fala. Rosto e verdadeira voz do Brasil, O CRUZEIRO freqüentou milhões de lares deste lado da Atlântico, e nestes 24 anos em que deixou de circular só cresceu o silêncio que a edição do honesto e corajoso depoimento de Accioly veio quebrar.