1948. Barbara e Wolfgang Schultz, gêmeos nascidos na Alemanha, têm oito anos. A Segunda Guerra Mundial terminou há três anos e, como muitas crianças alemãs, os irmãos são órfãos. Eles foram escolhidos, junto a outras 81 crianças, para participar de um programa administrado por uma organização de caridade que visa oferecê-los à adoção para casais brancos que vivem na África do Sul. Essa organização, de tendências pró-nazistas, visa dar sangue novo – e, segundo eles, “puro” – aos africâneres (sul-africanos brancos descendentes dos colonos europeus).Ao chegar à Cidade do Cabo, Wolf e Barbara são confrontados com as ideias racistas de sua família adotiva e com o recém criado regime do apartheid na África do Sul. Wolf é o narrador sensível dessa história – que vai de sua infância à vida adulta.