O campo da educação indubitavelmente se marca por sua complexidade, pela dinâmica de múltiplos saberes ora em diálogo ora em concorrência, numa relação tensa de manutenção e superação de ideias e práticas frente aos desafios postos pela realidade social e educacional. A especialização exacerbada da ciência na contemporaneidade, se por um lado é benéfica por contribui para a solução de muitos problemas, por outro, promove o distanciamento de saberes que na vida cotidiana somente têm sentido se estiverem integrados. Aproximar saberes é um dos grandes desafios nos dias atuais. Não somente os de áreas próximas, mas de toda e qualquer área que na sua prática busque entender a realidade do mundo, seja no plano da natureza, seja em relação ao ser humano. E na busca de entendimento da complexidade das relações humanas, enfrentando a fragmentação do saber e o fatiamento das práticas e representações no e sobre o mundo, o campo da educação ocupa posição estratégica. Posição central no processo de leitura do mundo considerando suas múltiplas faces e interfaces, bem como seus múltiplos sentidos que indicam uma representação da realidade. Como aproximar esses olhares, integrando-os, é uma questão chave que deve orientar o fazer pedagógico, seja na universidade, seja nas escolas e onde quer que aconteçam atividades com finalidade educativa.