Escrava de pele branca, a linda e doce Isaura foi criada e educada como filha na família a que pertencia. Durante muito tempo, foi a protegida da matriarca, que prometeu que, após sua morte, a moça seria liberta. Entretanto, esse desejo não foi atendido pelo filho e herdeiro da família, e Isaura se tornou propriedade de Leôncio, um jovem sem caráter que, mesmo casado, se interessava obsessivamente por ela. Para afastá-la do assédio de Leôncio e de outros homens da fazenda, o pai da moça, Miguel, um homem livre, tenta comprar a filha, mas não consegue. Decide então fugir com a moça para o nordeste do país. Os dois se instalam em Recife e adotam novos nomes. Lá, Isaura conhece Álvaro, rapaz rico, estudante, por quem se apaixona e é correspondida. Ele fica sabendo que ela é uma escrava fugida, mas não deixa de amá-la. Tendo sido descoberta e recapturada, Isaura volta para a fazenda de Leôncio, que a submete a castigos e humilhações porque não cede a suas investidas. Enquanto isso, Álvaro, que não desiste de sua amada, vai fazer de tudo para ficarem juntos. Publicado pela primeira vez em 1875, esse romance é considerado um marco na literatura abolicionista brasileira.Este romance de fama internacional foi publicado em 1875, época em que as campanhas abolicionistas ganhavam cada vez mais força no mundo. Por meio de uma narrativa romântica, a obra retrata as lutas que Isaura, escrava que teve acesso a uma educação erudita, trava entre o amor e o ódio, a privação e a liberdade, para poder escolher a quem amar. Isso porque o escravocrata Leôncio, seu senhor, considera a jovem como sua propriedade, sentindo-se também dono de seus desejos.