"A incidência de doenças tromboembólicas que cursam com a necessidade do uso de anticoagulantes orais está aumentando de maneira significativa em todo o mundo. Isso é percebido claramente no consultório médico e/ou no ambiente hospitalar, onde observa-se um aumento exponencial do número de pacientes que apresentam diversas doenças tromboembólicas, como acidente vascular cerebral, fibrilação atrial e tromboembolismo venoso. Atualmente, há dois tipos de anticoagulantes orais: antagonistas da vitamina K, cujo principal representante é a varfarina, e os novos anticoagulantes ou, mais precisamente, os anticoagulantes orais de ação direta (DOAC). Os primeiros representam um desafio devido a diversos fatores: necessidade de monitorização, interações medicamentosas, manejo perioperatório, dentre outros. Por outro lado, a prescrição dos DOAC vem aumentando progressivamente por ser uma ferramenta de uso mais simples na prática clínica. É cada vez mais frequente a necessidade do manejo dos anticoagulantes orais, seja ele a varfarina ou os DOAC, em diversas situações bastantes comuns do dia a dia, tais como síndrome coronária aguda, acidente vascular encefálico, cardioversão em pacientes com fibrilação atrial, necessidade de cirurgia eletiva e pacientes portadores de próteses valvares."