O autor analisa o processo recente de implementação das novas práticas produtivas, ou seja, mudanças tecnológicas e organizacionais, como as células de produção; a terceirização; a subcontratação da força de trabalho; as estratégias gerenciais - Círculos de Controle de Qualidade (CCQ), Qualidade Total (TQC), Multifuncionalidade, Polivalência, Just-in-time, Kanban, Kaizen, Trabalho Participativo - entre outras. Estas são as chamadas metamorfoses no mundo do trabalho. Aliada a essas mudanças, parece estar em jogo uma grande ofensiva do capital sobre o trabalho. Essa ofensiva é marcada pela organização do trabalho sob a lógica de um novo padrão de acumulação e baseada em uma nova racionalidade do processo de reestruturação produtiva e reprodução ampliada do capital. Nesse contexto, as velhas práticas fordistas e tayloristas estão sendo ultrapassadas pelo processo de acumulação flexível - com base no toyotismo, no chamado "modelo japonês". Essas mudanças têm afetado sobremaneira a subjetividade das classes trabalhadoras, colocando os sindicatos na defensiva e gerando o que os estudiosos da sociologia do trabalho chamam de "crise do sindicalismo".