Este livro apresenta importante problematização sobre família e proteção social e tem como referência estudos desenvolvidos pelas autoras em uma dissertação de mestrado e duas teses de doutorado apresentadas ao Programa de Pós graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), entre os anos de 2010 a 2016. Estes trabalhos resultam da experiência das autoras como pesquisadoras no Núcleo de Estudos em Seguridade e Assistência Social (NEPSAS) sob a coordenação da professora Aldaíza Sposati, e tem como centralidade a abordagem de famílias que participam de programas de transferência de renda, portanto trata de famílias que vivem na extrema pobreza e em condições de grande desproteção social. A condição de desproteção, por outro lado, traz ao debate a necessária questão dos sistemas de proteção social às essas famílias, outro tema instigante que enfrenta polêmicas e desafios. A temática da capacidade protetiva da família encontra neste livro significativo aporte e espaço de reflexão, especialmente por abordar famílias que, além dos vínculos familiares e comunitários com que contam, em sua luta para sobreviver, buscam no Estado o acesso a políticas sociais que lhes garantam enfrentar as adversidades e desproteções vividas, além de um lugar na sociedade. Fundamentadas em estudos desenvolvidos em diferentes âmbitos do conhecimento e em procedimentos metodológicos construídos e testados pela equipe do NEPSAS, as autoras nos permitem caminhar rumo aos enfrentamento dos desafios observados no campo da proteção às famílias, que exigem em primeiro lugar compreender os “modos de ser família” em sua pluralidade de arranjos, e que exigem adentrar na análise da Proteção Social e especialmente da Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004), como política protetiva, não contributiva e constitutiva da Seguridade Social brasileira. Em síntese, os trabalhos que compõem este livro nos colocam diante de novas autoras, que nos apresentam novas abo