Há uma frase do cancioneiro brasileiro que diz, de perto ninguém é normal. Acredito nisso. Duvido sempre de definições taxativas que tendem a reduzir a discussão cultural, social e política, pois volto a me perguntar, A quem estas definições servem?. Nise da Silveira afirmava que os artistas e os loucos mergulhavam nas mesmas águas, mas só os artistas retornavam. Albert Einstein nos provocava ao dizer que os únicos que falavam a verdade eram os loucos e as crianças, concluindo que os loucos eram internados e as crianças educadas. O que é ser normal? Há uma normalidade comum a todos? Seria isto algo a se desejar, um propósito maior a dedicarmos a busca de nossas vidas nesta caminhada entre o útero a tumba? Questões como estas, e muitas outras, surgirão a vocês quando iniciarem a jornada pelas páginas deste livro. Somos aqui lançados a explorar este território encantatório por meio dos temas de três dramaturgias escritas por Ricardo Cabaça. Ele refaz um caminho tão belo quanto (...)