Rodrigo Duarte investiga uma noção de pós-história que, por um lado, contempla a vivência da temporalidade como infinitamente longa e tediosa e, por outro, é essencialmente marcada pelo elemento estético, tópicos que permitem entrever também o seu potencial crítico como filosofia da sociedade e da cultura. Trata-se do conceito de pós-história desenvolvido por Vilém Flusser a partir de fins da década de 1970 e inícios da de 1980, sendo que esta investigação reúne um estudo tanto sobre a gênese desse conceito, quanto sobre sua composição em termos de interrelações com outros conceitos-chave discutidos pelo filósofo e ainda sobre os desdobramentos – mais ou menos explícitos – dessa noção no contexto do seu pensamento como um todo. No que concerne a esse último aspecto, na perspectiva de Duarte, se há um conceito que confere unidade à obra de Flusser, esse conceito é exatamente o de pós-história.