Em 1959, 12 países com forte histórico de interesse na Antártida assinaram entre si um tratado que estabelecia que o continente estivesse aberto àqueles países que o assinassem e desejassem realizar pesquisa científica com fins pacíficos. Apesar de erigir a ciência e a cooperação internacional como fundamentos, o tratado suscitou polêmica por acolher reivindicações de soberania sobre o território antártico e excluir do processo decisório todos aqueles países sem condições financeiras e técnicas de montar estações científicas no local. O livro Onde a Ciência é o poder: O Sistema do Tratado da Antártida e a Cooperação Científica Internacional analisa como, apesar de um começo marcado pelas críticas de exclusividade, o Sistema do Tratado da Antártida (STA) conquistou legitimidade como regime internacional. Nosso objetivo é verificar se a pesquisa científica acabou por funcionar como ferramenta de exclusão política [...]