São Paulo, 1924. Um ano explosivo. Militares rebelados tomam a cidade e forçam a fuga do governador Carlos de Campos do Palácio dos Campos Elíseos. Depois de algumas semanas de combate, as forças legalistas sufocam a revolta – não sem antes deixar um rastro de destruição e morte, especialmente na Zona Leste, com quarteirões inteiros arrasados pela artilharia aérea. Pouco antes de as bombas começarem a cair, surgia na várzea da Mooca uma agremiação que não apenas resistiria ao massacre tenentista como ainda prosperaria de forma improvável em um cenário repleto de obstáculos. Com suas raízes italianas fortemente fincadas em solo paulistano, o Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube passou a ser protagonista no cenário esportivo da cidade – da qual se tornaria um dos símbolos a partir de 1930, sob a égide do grená e branco e de um nome destinado à história: Clube Atlético Juventus.