Quanto vale a vida? Quanto vale a vida de um rio? Junto à cabeceira, homens brancos instalam máquinas, arrancam árvores, ferem o solo, sujam minhas águas e ameaçam meus peixes, queixa-se o rio, que se descontrola, enche, alaga e depois seca. O indígena Uala tenta salvar seu amigo.Frei Betto escreveu Uala, o amor quando foi preso político, na década de 1970, numa época em que pouco se falava de ecologia, muito menos de sustentabilidade. Seu engajamento com os indígenas não é menor: conviveu com os Apurinã, na fronteira do Acre com o Amazonas e foi amigo de um cacique Xavante.Educador, escritor e teólogo reconhecido internacionalmente, Frei Betto entrelaça nesta narrativa tocante a linguagem altamente poética e o olhar agudo diante das ameaças à justiça, à paz e aos direitos humanos.