A obra Professor reflexivo: prática emancipatória? aborda a problemática do professor como sujeito inteligente e atuante capaz de contribuir para uma prática pedagógica emancipatória. Este feito também aduz uma discussão das racionalidades em disputa e suas crises paradigmáticas que se revelaram com o passar do tempo refletindo em um perfil efêmero, corriqueiro no qual o humano sente-se objeto manipulável e sem valor. Por este motivo necessita-se pensar em novas formas de ser e entender a educação e formação do humano enquanto sujeito. Esta produção traz uma reflexão dos modelos que até então eram consagrados como as melhores formas de superar toda e qualquer fraqueza humana no que diz respeito à sua formação, mas que se esvaíram no ar sem possibilitar uma contribuição emancipada para o sujeito, produziram o seu contrário, trouxeram massificação e dominação das mentes. A racionalidade que deveria libertar acabou por encarcerar a vida do humano. Diante do empobrecimento da razão, precisamos de educadores que sejam atinados, empoderados como diz Paulo Freire, para que possam discernir os modelos a serem enfocados, possibilitando repensar qual a autêntica função da educação e a contribuição que o professor reflexivo pode dar para ressignificar as práticas pedagógicas em busca de um paradigma que proporcione autonomia para o crescimento cognitivo do sujeito. Enquanto educadores temos um compromisso muito além da transmissão de conhecimentos, sobretudo somos responsáveis pela edificação de personalidades, por trabalharmos com pessoas que sempre estarão em um processo de transformação.