Originário da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, o curitibano descendente de italianos Mauro Alice é um dos maiores prolíficos, talentosos e premiados montadores brasileiros. Em Um Operário do Filme, a historiadora Sheila Schvarzman discorre sobre como Alice, formado pelo mítico alemão Oswald Hafenrichter, buscou a criação de um estilo de montagem não apenas propriamente brasileiro, mas seu. Colaborador de cineastas tão díspares quanto Mazzaropi, Walter Hugo Khouri, Anselmo Duarte, Denoy de Oliveira, José Zaragoza, Sérgio Bianchi e Hector Babenco, ele desenvolveu uma técnica acurada e sofisticada. O depoimento de Mauro Alice possibilita uma visão panorâmica dos dissabores sofridos pelos profissionais brasileiros de cinema no decorrer das ultimas décadas. Além disso, demonstra em que medida as inovações tecnológicas e o uso irrefletido que alguns fazem delas afetaram e continuam a afetar um profissional que descreve a si mesmo como "um decrépito, porque eu não monto o filme como se fosse uma marchinha cadenciada". Para ele, "montar é doar a um rolo de celulóide, plástico engomado e ressecado, todos os atributos de um ser vivo e atuante, que nos regozija ao reconhecê-lo como tal, por reconhecê-lo como igual". O excelente trabalho de Schvarzman mostra Mauro Alice como um profissional que se coloca a serviço de cada filme que monta, de cada cineasta com quem trabalha. Um operário genial e generoso inserido em uma engrenagem maior: a do próprio cinema. Originário da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, o curitibano descendente de italianos Mauro Alice é um dos maiores prolíficos, talentosos e premiados montadores brasileiros. Em Um Operário do Filme, a historiadora Sheila Schvarzman discorre sobre como Alice, formado pelo mítico alemão Oswald Hafenrichter, buscou a criação de um estilo de montagem não apenas propriamente brasileiro, mas seu. Colaborador de cineastas tão díspares quanto Mazzaropi, Walter Hugo Khouri, Anselmo Duarte, Denoy de Oliveira, José Zaragoza, Sérgio Bianchi e Hector Babenco, ele desenvolveu uma técnica acurada e sofisticada. O depoimento de Mauro Alice possibilita uma visão panorâmica dos dissabores sofridos pelos profissionais brasileiros de cinema no decorrer das ultimas décadas. Além disso, demonstra em que medida as inovações tecnológicas e o uso irrefletido que alguns fazem delas afetaram e continuam a afetar um profissional que descreve a si mesmo como "um decrépito, porque eu não monto o filme como se fosse uma marchinha cadenciada". Para ele, "montar é doar a um rolo de celulóide, plástico engomado e ressecado, todos os atributos de um ser vivo e atuante, que nos regozija ao reconhecê-lo como tal, por reconhecê-lo como igual". O excelente trabalho de Schvarzman mostra Mauro Alice como um profissional que se coloca a serviço de cada filme que monta, de cada cineasta com quem trabalha. Um operário genial e generoso inserido em uma engrenagem maior: a do próprio cinema.