A matança de porcos, um tema caro à pintura holandesa dos séculos XVI e XVII, dá início à vida artística desse pintor, o artista sanitário, que de Oslo, Noruega, se translada ao México dos muralistas. Com essa novelita, Carlos Ríos nos põe direto em contato com temas tão inquietantes como a ingestão de carne humana e o abate de animais, tema fundante da literatura argentina (basta lembrar O matadouro, de Esteban Echeverría) que gera toda uma série de perguntas éticas e biopolíticas. Entre a prosa e a poesia, o texto de Ríos recupera para a literatura seu caráter encantatório e o prazer da narrativa.