No início, tudo é um grande mistério. Uma mulher acaba de entrar em um quarto de hotel. O telefone toca. Uma voz masculina surge do outro lado da linha, e descreve até mesmo a roupa que a moça está vestindo. Alguém a está observando. KONFIDENZ, de Ariel Dorfman, revela-se uma tensa alegoria política. Mas também uma comovente e insólita história de amor entre pessoas que jamais se viram. Em jogo, conceitos como o de lealdade e traição em um mundo a um passo de uma guerra. O escritor retoma um tema já explorado em obras anteriores como 'A morte e a donzela', refletindo mais uma vez sobre o papel opressor do Estado.