Quase (toda) poesia é o resultado de dez anos de produção de Juremir Machado da Silva. Uma década de aventuras num oceano singular. É seu primeiro livro de poesia publicado. O que este livro traz é a busca de formas do fazer poético, isto é, a poesia como descobrimento. O fazer da poesia, o olhar do escritor numa profusão de sentidos, de significados, de jogos cotidianos de percepção do mundo. Um poeta não se explica. Nada o impede, porém, de tentar saber por onde anda. O leitor encontrará releituras, paródias, ironias, descobrimentos. Da rima à prosa poética, do salto ao passo lento, da vertigem ao transe, da perplexidade ao desejo, da filosofia da existência à transfiguração. Se a obra é sempre aberta, sendo o leitor soberano na interpretação e na fruição, o autor não deixa de ter sua bússola, esse velho instrumento ainda disponível. Ser poeta é andar na contramão, atrever-se, desafiar. [...]