O presente livro é a segunda publicação não científica da autora. Engana-se quem achar que possa parecer um livro normal. Não o é. É um livro que vem apetrechado. Quem consiga sintonizar- se na frequência certa, não só ouvirá um ukulele de maneira persistente a acompanhar os textos, senão que verá surgir, a poucos palmos do nariz, a figura de uma marioneta a recitá-los, com um pontual a dois terços, mais por trás do que pela frente. A partir daí, é um espectáculo sinestésico que se desata. Começa com uma sensação aveludada na boca, um zumbido persistente nos ouvidos e um tac-a-tac, tac-a-tac, tac- -a-tac cada vez mais grave que vai dando lugar ao som da terra a abrir-se num precipício.