A primeira coisa que se deve dizer de Milton Blay é que ele escreve muito bem. E mais: ele não usa seu talento para esconder ideias, senão para revelá-las. Tem prazer em compartilhar seu olhar arguto, sua longa experiência e sua análise sofisticada com os leitores. Tem gente que é tonitruante, bate o bumbo mesmo quando desfia frases inócuas. Avisa o leitor sobre suas conversas ‘exclusivas’, elogia seu próprio prestígio junto aos poderosos de plantão. Milton não. O homem é contra ‘carteiradas’, nunca aproveitou o prestígio do veículo que representava para obter vantagens. Agora Milton Blay nos brinda com uma obra que apresenta uma Europa bestificada diante do avanço da nova (?) direita. Não, não é o liberalismo que paralisa o continente, mas o ultranacionalismo, que se apresenta como defensor dos direitos dos antigos cidadãos. Usando o nome da História em vão volta-se até a Idade Média para mostrar uma herança difícil de garantir: nem os santos de então eram tão puros, muito menos os puros de hoje são tão santos... Leiam Milton. Ajuda a entender o mundo...- Jaime PinskyA Europa viveu mais de 70 anos em paz e agora está ameaçada de desintegração pelo avanço dos populismos de toda sorte e da tentação nacionalista, até mesmo em países centrais, como França, Alemanha, Áustria, Holanda e Itália. Milton Blay traz nesta obra questões prementes relacionadas a esse contexto atual, como imigração, terrorismo, refugiados, islamofobia, fake news, antissemitismo, o status do jornalismo, redes sociais. O autor narra, enfim, a realidade que o cerca, sem pessimismo, mas com um realismo febril... Não deixe de pedir para o seu distribuidor preferido ou diretamente na Editora.