POEMA Faço poemas como quem ama Como quem arma a tenda do dia E não vejo a vida com os olhos Porque facilmente cegam. A cada verso parido Mais uma dor ressentida No útero do mundo. Uma palavra que salga Outra que adoça Outra que endossa O poço sem fundo. Há anos aspiro a perfeição na imperfeição dissabores, mas um poema de sabor faz degustar bons amores. Faço os poemas voarem O mais distante que puderem Com a leve sensação de pena. Itacoatiara-AM, 09 de fevereiro de 2017.