Antonio Bandeira como nunca visto. Completo. Sua face conhecida - através do abstracionismo informal de seus quadros -, e a desconhecida, agora revelada por meio de poemas: sua arte até então oculta. De autoria de Nilo de Brito Firmeza (Estrigas), um dos biógrafos mais importantes do artista, o livro apresenta o pintor, desenhista e gravador cuja obra tem grande destaque na arte brasileira do século XX. O cearense Antonio Bandeira foi um pioneiro do abstracionismo informal no Brasil. Em 1946 recebeu bolsa de estudos do governo francês e viveu em Paris até 1950. Retornou ao Brasil em 1951 e permaneceu até 1954. E assim, a partir da primeira temporada em Paris, Bandeira vai alternar toda a sua vida entre o Brasil e a França. Seu começo foi expressionista e sua produção compreende duas fases: a figurativa, de 1940 a 1947, em que representa paisagens e naturezas-mortas, e a abstrata, a partir de 1947, mais especificamente a abstração lírica, gênero que o consagrou. Esta transição foi influenciada principalmente pela parceria com o pintor alemão Alfred Otto Wolfgang Schultz, dito Wols. Dentre as obras reproduzidas pela primeira vez cabe destacar: as pinturas realizadas em Fortaleza, antes de sua ida a Europa (1942 a 1945); obras realizadas no Rio de Janeiro (1945 a 1946); coleção de desenhos produzidos na Academia de La Grande Chalmière, em 1946; Paysage désolée, de 1955; o tríptico Sol e Paisagem Azul, Paris, de 1966; uma rara pintura sobre papel pintada na Toscana, Itália; pinturas feitas em Londres; e a sua grande produção de abstratos feitos em Paris entre 1964 e 1967, incluindo as últimas obras encontradas no seu ateliê na capital francesa.