O Autodidata nos permite constatar a justa indignação do autor com o modelo educacional vigente, iluminando-nos com verdadeiras "aulas" de humanização e apropriação do saber, a partir das histórias alegres que são, ao mesmo tempo, profundas lições de vida. Poder-se-ia chamar esta obra de um "Romance de Ciências Humanas e Exatas". A principal originalidade do livro está em abranger sistematicamente a amplitude do conhecimento desde a filosofia (mãe de todas as ciências), passando pela História, Geografia, Sociologia, Psicologia e desaguando nas Ciências Físicas e Biológicas, com a simplicidade de uma conversa inocente entre dois amigos, num final de tarde, ao sabor da brisa, tomando uma "caipirinha". É uma obra que vem reforçar a corrente dos educadores humanistas e progressistas, alertando-nos para a necessidade iminente de mudanças de posturas, frente ao aluno, sem, no entanto, "massacrar" o leitor com teses, teorias e conceitos históricos.