Com pouco mais de 50 anos de existência, é onipresente. É impossível ignorá-la ou pensar o mundo hoje sem considerá-la. É a televisão. O segundo lançamento da coleção Estado de Sítio, coordenada pelo filósofo Paulo Arantes, trata desse que é um tema essencial para entender a sociedade contemporânea. Videologias, de Maria Rita Kehl e Eugênio Bucci, é, desde o trocadilho no título com a célebre obra Mitologias, de Roland Barthes, um livro que une visão crítica e psicanálise para dissecar as relações entre mitologias, ideologias e televisão.'Se, no século XIX, a questão era desmascarar o caráter burguês do estado que se apresentava como universal, agora, no século XXI, a questão é compreender e decifrar os mecanismos pelos quais toda política, assim como toda a religião e toda ciência, toda cultura e toda forma de representação, convergem para a imagem, como partes do mundo da produção de imagens, e só circulam e adquirem existência como imagem. Essa indústria é a produtora [...]