Um relevante histórico das ações de um grupo de engenheiros que, no início do século XX, formou a Comissão Federal de Saneamento da Baixada Fluminense entre 1910 e 1916. Na época, sanear era "nacionalizar", no sentido de tornar pertencente à nação. Foi a primeira iniciativa que efetivamente se utilizou de recursos orçamentários públicos para traçar caminhos de intervenção técnica no meio ambiente, especificamente nas bacias hidrográficas que tornavam a Baixada Fluminense um espaço social marcadamente insalubre e desvalorizado. A obra é centrada na figura do engenheiro-chefe da Comissão, o "bacharel em ciências físicas e matemáticas" Fábio Hostílio de Moraes Rego (1849-1917), maranhense, que se fez engenheiro civil na prática profissional ainda nas décadas finais do Império e que, com e como tantos outros colegas, construiu e procurou pôr em prática uma agenda de mudanças sociais e de progresso técnico para o país.