A democracia brasileira tornou-se um constante vir a ser de simulacros, lastreada por uma consciência coletiva que resiste em não se reconhecer. Os fatos são tão abundantes que deixam qualquer observador com uma sensação desconfortável de algo perverso, situado no nível da fraude. A política de simulacro degenera o poder e a própria política. Transforma o Estado e a democracia em simulacros de si mesmos. É uma ofensiva, fundamentalmente, aos direitos, liberdades e soberania do país. Um ataque nuclear à democracia, de dentro de si por si mesma, com suas armas e estruturas, legitimado pelo voto e pela lei.