'A Cidade Antiga' é um livro surpreendente; apesar de se tratar de obra composta no século XIX, acerca de instituições de povos antigos,transmite uma visão globalizante da fundamentação, elaboração e evolução da história futura desses mesmos povos, assim como de tantos outros por eles influenciados. Tanto Roma quanto a Grécia aparecem como cenários da formação do sistema de classes que herdamos, da transição do politeísmo para a civilização moderna de origem greco-latina e no entanto vinculada ao monoteísmo de origem oriental - a civilização judaico-cristã; a compreensão do direito moderno, a partir das conquistas progressivas do 'homem antigo', é realizada com rara transparência. O panorama de fundo desta obra permite incontáveis análises sobre a modernidade, na medida em que refletimos sobre seu conteúdo sociológico e político, através da linguagem clara, precisa e de leitura agradável, características do autor.