O lançamento do disco Paratodos, em 1993, interrompe um jejum de cinco anos sem gravações de Chico Buarque. Após um intervalo dedicado à literatura, o compositor oferece ao seu público uma obra de plena maturidade artística e musical. Revisitando canções de antigos repertórios, atualizando questões que sempre estiveram presentes em sua obra ou compondo novos clássicos do cancioneiro popular, em Paratodos Chico Buarque nos fornece um retrato poético de sua trajetória. É justamente este retrato que Heloisa Maria Murgel Starling explora em Uma pátria Paratodos. Chico Buarque e as raízes do Brasil. Com uma abordagem que alia excelência e sensibilidade, a autora nos leva a um passeio pelo disco e pela obra do compositor, apontando confluências estéticas, ampliando ressonâncias narrativas e sugerindo possíveis desdobramentos das ideias, imagens e saberes presentes nas canções.