Sem fim e sem começo, sua arte nasceu da busca do seu eu e da tentativa de dizer ao mundo para que viemos (algum de nós por acaso faz idéia?). Com a coragem de libertar sua imaginação embriagada de um lirismo pouco convencional, um olhar capcioso nesse circo-cidade, onde só sobrevivem aqueles com doutorado em equilibrismo, um grito guardado no bolso e um silencioso ponto de interrogação estampado na testa, lá vai ele tentar poetar, como forma de abrir suas asas e voar sem rota. Os sonhos de menino ficaram hibernados no coração, e o adulto totalmente atarantado tem que enfrentar um leão por dia com o passo apertado, quase corrido, para não perder a partida... Para onde? Nem ele sabe. E alguém já descobriu o porquê da nossa pressa, se a linha de chegada é a morte? Deixa pra lá. Todo fim é