A implantação da indústria automobilística no Brasil foi um marco no processo de industrialização do país. Obedecendo a uma programação cuidadosa, foi emblemática da política de substituição de importações executada no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961), dentro de seu Plano de Metas. O rigor na observância das normas estabelecidas nos Planos Nacionais Automobilísticos coordenados pelo GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) despertou a confiança de empresas nacionais e estrangeiras, que investiram na fabricação de veículos e autopeças naquele período. O registro da evolução desse processo e do aperfeiçoamento dos instrumentos de política econômica a partir da Segunda Guerra Mundial, com ênfase na implantação da indústria automobilística, foi o propósito do autor, que testemunhou suas diversas etapas e participou de muitas delas. Embora escrito em primeira pessoa, não tem a intenção de ser autobiográfico, nem mesmo quando episódios de sua carreira coincidem com acontecimentos históricos.