Nesta obra, Monika von Koss fala do poder, não o poder de uns sobre os outros, que se alimenta do esvaziamento do poder alheio, mas um poder feminino, pessoal e intransferível, que brota de uma experiência vivencial profunda e orgânica o sangrar. Como a própria autora diz, não havia a intenção de escrever outro livro sobre a menstruação enquanto um evento biológico, visto já existirem bons livros no mercado. Por isso, aborda os aspectos culturais e sociais do tema. Rubra força descreve a cultura dos povos em relação ao entendimento da menstruação e da gravidez. Usa teorias e documentos como, por exemplo, um papiro médico egípcio datado de 1500 antes da era comum, aproximadamente, para contar as histórias ao longo dos anos no Egito, Índia do século XIII/XIV, Grécia Antiga, entre outros. Teorias como a de Aristóteles, que diz que a menstruação era sinal de inferioridade feminina, ou como a dos nativos americanos, que acreditavam que as mulheres nesse período estão sempre num estado especial de poder e por isso ficavam dispensadas de qualquer atividade, recheiam esta interessante obra. Entre tabus e ritos de várias épocas, tradições, simbologia e religiões, a autora aponta o mistério que girava em torno desse fenômeno físico-biológico e ressalta a valorização da mulher