Num texto leve, lúdico, enriquecido pela presença de diálogos espontâneos, que refletem o linguajar atual das crianças, o autor produz uma história que consegue, ao mesmo tempo, fazer uma paródia do mito bíblico acerca do pecado original e a perda do paraíso, e explicar a organização do mundo das abelhas. Mel e Ceronildo, a abelha rainha e o zangão, viviam em festa e em completa felicidade na colméia até que, por influência do Deus Malvápis, desobedeceram às ordens de seu benfeitor, o Deus Ápis. Foram castigados pela desobediência cometida que, assim como no texto bíblico, foi induzida por Mel. Daí em diante perderam os privilégios e os prazeres de que originalmente desfrutavam: as filhas da abelha rainha são obrigadas a trabalhar para produzir o próprio sustento; e o zangão morre sempre que se acasala com a abelha rainha.