Os motoristas de ônibus fazem parte do nosso cotidiano, presentes na grande maioria das cidades. Embora eles tenham grande importância, o reconhecimento que lhes são devido às vezes não aparece na relação passageiro- motorista. Os efeitos do trabalho podem ser minimizados com treinamentos motivacionais que permitam ao profissional, repensar sua prática ao volante, valorizar sua atividade como forma de inserção em um grupo social e principalmente o resgate da identidade profissional por vezes ofuscada pelo estresse do trânsito, maus tratos de passageiros. Este trabalho buscou traduzir o que para Maurice Merleau Ponty é o mundo da vida destes profissionais que diariamente movimentam as cidades, o interesse de buscar a qualidade de vida antes de receber os pedidos de desligamento ou uma ausência não justificada, uma maneira que as empresas do segmento precisam atentar se para que as vidas envolvidas na mobilidade urbana não sejam sacrificadas em função do crescimento de setor. Juntos programas educacionais para o bem estar físico e mental, bem como uma reorganização ergonômica do local de trabalho do motorista podem tornar-se importantes fatores de dimensionamento de sua qualidade de vida no trabalho. A percepção de sua função na sociedade é o ponto principal que define a maneira de conduzir sua própria vida encontramos na atividade do motorista de ônibus uma pluralidade de sentidos em função da pluralidade de forças em lutas na sua existência pelos mundos que habita.