Maria Christina de Andrade Vieira optou por ser. Inteira, no sentido mais pleno do ser, viaja como as mulheres retratadas por Hopper. Na valise, carrega mais livros e moleschine do que roupas e atavios. Junto, o fio mágico da ficção. Ao buscar uma outra cidade dentro da cidade, revela e se revela. E, por caminhar com olhos-de-ver-além, também nos revela. Nos alerta. A nós, habitantes das cidades estranhas. Diante de seu olhar somos todos personagens portadores de um mistério. Ao viajar, pois viaja sempre mesmo sem sair de casa, traz à luz instantes garimpados do cotidiano.