CAIM traz um texto muito mais descritivo, impressionista, antes um painel de vozes, sombra, crepitações, não preocupado com a fabulação. Uma história cuja estrutura se constrói com a linguagem, e vice-versa. O personagem principal desse livro é a linguagem. A fragmentação literária de sua construção, inspirada na sofisticada técnica narrativa de Mario Vargas Llosa, dá ao romance a forma de um mosaico. E é a aproximação e o cruzamento desses trechos que orientam o leitor na travessia de uma “ficção forçada a navegar por caminhos ainda mais reais que a realidade”.