Nem café, nem ferrovia, nem imigrante. Em artigo de 1877, Martinho Prado não faz nenhuma referência a essas três categorias passíveis de reflexão. O café não se expandira substancialmente até 1877. A Ferrovia seria inaugurada em 1883 e somente com ela a intensificação da circulação de mercadorias e pessoas. Não desconsiderando a importância de cada categoria no processo de construção da cidade de Ribeirão Preto, e suas apropriações pelo discurso de construção do progresso, o texto de Rodrigo de Faria empreende um olhar crítico sobre a cidade construída por esse mesmo discurso. Em seu texto, Ribeirão Preto está metaforicamente organizada em duas cidades: cidade Intra-rios, cidade Entre Rios. Uma metáfora estruturadora de políticas urbanas que construíram a cidade ao longo dos séculos XIX e XX e continuam construindo a cidade no início do século XXI.