Podemos comparar duas definições da velhice: a que Littré dá, em 1878, no seu famoso dicionário: "A última idade da vida, cujo início fixamos no sexagésimo ano, mas que pode ser mais ou menos avançada ou retardada, segundo a constituição individual, o género de vida e uma série de outras circunstâncias", e a de Ladislas Robert "Podemos definir o envelhecimento como a perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do organismo às condições do ambiente"." "Quais são, e é a primeira questão que se coloca, as responsabilidades respectivas (...) do inato e do adquirido? A existência de genes que governam a longevidade é altamente provável. A segunda proposta é a mais provável, colocando, sob uma forma moderna, o antigo problema da liberdade e do determinismo." Ladislas Robert vai consagrar o essencial do seu livro a duas questões de grande importância - as doenças dos velhos e a biologia do envelhecimento. "A aliança da epidemiologia, do estudo do ambiente à biologia molecular, do conhecimento melhorado das causas exteriores e do mecanismo íntimo do envelhecimento, é uma aliança que dá sérias esperanças e poderia vir a diminuir a infelicidade dos homens e equilibrar o funcionamento das sociedades futuras." LADISLAS ROBERT, doutor em Medicina, é o fundador do Laboratório de Bioquímica do Tecido Conjuntivo da Faculdade de Medicina de Paris Xll-Crètil. As suas pesquisas tratam em particular a patologia vascular, a arteriosclerose e, de uma maneira geral, os mecanismos fisiológicos e bioquímicos do envelhecimento.