Comovente monólogo de um músico negro octogenário, na busca de si próprio. Menino prodígio, dotado de incrível vocação musical, mostra-se consciente de que sua condição contraria as regras da desigualdade da sociedade patriarcal paulista do século XX. O narrador percorre sua biografia: menino pobre, filho de catadores de café, entra em contato com colonos alemães e um novo mundo se abre para ele. O oboé, instrumento incomum oferecido pela alemãzinha pouca mais velha que ele, foi o responsável por todos os equívocos, luzes e sombras de sua vida.