E o plano discursivo escolhido para essa implicação psicanalítica não foi outro que o da educação. Ou antes: o plano que aqui se encontra em pauta é o da articulação (im)possível entre educação e psicanálise. Trata-se, portanto, do campo discursivo no qual se vinculam dialeticamente muito embora sem pretensão de síntese ou fusão a psicanálise e a educação. Em suma: para que a subjetividade do aluno seja levada em conta, não é necessário que ele receba um tratamento único, especial, particularizado, etc. na escola. O que se requer é que o tratamento público levado a cabo aí seja não todo, isto é, que ele faculte, em seu avesso, a emergência do sujeito tanto no que toca aos professores quanto aos alunos (alunos os quais, em vista disso, talvez não recusem hegemonicamente o ensino, uma vez que haverá, nesse caso, lugar para o desejo que os habita).