"Por que treinar funcionários"? Essa pergunta, ou alguma variação próxima e de mesmo sentido, levou ao site da minha empresa 8,52% dos visitantes entre os dias 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2009, de acordo com as informações da ferramenta Google Analytics. A busca por essa informação pode ter muitas razões e também podem ser múltiplos os perfis das pessoas efetuando a procura. Baseada em minha vivência junto a empresas e instituições de ensino e em análise de visitação de sites eu diria que o perfil desses buscadores provavelmente se concentra em estudantes da área de recursos humanos e proprietários de micro e pequenas empresas. A tendência é que poucos dos visitantes sejam profissionais de recursos humanos atuantes, principalmente se trabalhando em médias e grandes organizações. Vejo na procura por essa informação um sinal - que considero positivo - de que a pequena empresa brasileira - talvez se preocupando com competitividade e qualidade de entrega - começa a fazer a devida relação entre as competências e habilidades apresentadas por seu corpo de colaboradores e os resultados finais alcançados nos negócios. Dessa relação nasce a necessidade de entender porque e como preparar melhor a equipe para a atuação cotidiana. Atender a diversos padrões de qualidade, que vão desde o entendimento do mercado, passando pela produção básica e chegando ao atendimento pós-vendas demanda investir em treinamento de funcionários para que eles possam efetivamente dar o melhor de si no exercício de suas funções. Médias e grandes empresas há tempos compreenderam e absorveram tais conceitos, mesmo que em períodos difíceis ainda busquem reduzir os orçamentos destinados a esses objetivos. É comum, porém, encontrarmos situações em que colaboradores, mesmo após receber uma sequência de treinamentos planejados para o desenvolvimento de suas competências e habilidades, não apresentem o esperado retorno no desempenho de suas funções.Mais uma vez os motivos variam e entre os diversos possíveis podemos mencionar o método didático. A maioria dos treinamentos corporativos segue os mesmos métodos didáticos aplicados nas escolas desde a mais tenra infância. Esses métodos tendem a concentrar o foco na passagem da informação e não na formação do indivíduo, muitas vezes tratando-o como um ser fragmentado, composto quase que exclusivamente de suas faculdades racionais. Possibilitar um melhor aprendizado, porém, demanda entender e tratar o aprendiz como um ser integral, composto de corpo, mente e espírito.Estimular essa integração durante os períodos de passagem de informação e de trabalhos de formação amplia a presença e a participação do aluno, potencializando o aprendizado. Quando falo de presença, falo da presença plena e não apenas do "corpo presente".