Esta obra reflete sobre o processo de consagração do Romance no Brasil ao longo do século XIX. Partiu da constatação de que a inclusão do gênero ao patrimônio literário nacional não foi um dado “a priori”, mas sim resultado de um longo e complexo processo de construção histórica, já que o romance esteve ausente nas primeiras antologias responsáveis por fundar a literatura nacional, publicadas entre as décadas de 1830 e 1850. Tendo isto em vista, buscou-se percorrer os discursos críticos sobre o gênero em formas editoriais de grande poder consagrador, como aquelas destinadas ao sistema escolar (histórias literárias, cursos de literatura, antologias e tratados de retórica), bem como na imprensa periódica, onde foi alvo constante de atenção da crítica.