Os textos deste livro habitam a fronteira entre o conto e a crônica, entre a narrativa e o comentário, apontando para a vocação do autor de retratar o cotidiano - cotidiano em que convergem brutalidade, relações de exploração e dominação, sexualidade represada e incomunicabilidade. A violência e a exploração aparecem nos textos como práticas que permeiam as relações entre diferentes indivíduos e classes, como elementos que estruturam socialmente o país. É um cotidiano virado parcialmente do avesso, com entranhas e aparências à mostra.