Kauá pulava de sua rede sempre que ouvia o galo cantar. Certa vez, brincando na praia, ele viu um enorme navio que logo ancorou. Dentro de grandes barcos saíram criaturas da cor da noite, acorrentadas e amedrontadas. O indiozinho ficou pensativo, pois as criaturas eram iguais a ele. Só a cor era diferente. Na cabeça de Kauá dançavam muitas perguntas sem respostas, e a mais intrigante era o motivo pelo qual a noite se transformara em gente. E noite amontoada e acorrentada ele jamais tinha visto em sua aldeia. Só algum tempo depois ele soube a resposta.