“Esta coletânea se constitui de contos fortes, tanto pela temática, geralmente sombria, como pela linguagem. Encontramos aí monólogos e diálogos de personagens exaltados, quase alucinados. Diferentemente da maioria dos autores contemporâneos que, em busca de uma expressão forte, se valem de termos obscenos ou perdem-se em discursos totalmente desestruturados, o narrador desses textos domina com brio a fúria das palavras.” – Leyla Perrone-Moisés\n \n“O livro de Maurício de Almeida consegue uma combinação incomum entre a linguagem inventiva e a fluência narrativa. Lança mão de vários recursos técnicos sem ser cansativo ou obscuro, pois sua razão de ser está na própria história que conta. Em “Às quatro e meia da manhã”, por exemplo, o ritmo traduz a respiração presa do narrador à espera insone de sua amada. A partir de cenas e falas banais do cotidiano, o autor faz um exame das tensões nos relacionamentos humanos, por gênero ou geração.